No concelho da
Póvoa de Varzim, há uma beata recente, a Beata Alexandrina, e um santo antigo
despromovido, S. Pedro de Rates.
Com S. Pedro de
Rates aconteceu o mesmo que a não poucos outros “santos” cuja existência histórica se
não podia garantir: entrou pela porta da lenda, saiu pela do rigor histórico.
Imagem moderna de São Pedro de Rates na vila do seu nome.
São Pedro de Rates, Padroeiro secundário da Arquidiocese Braga
Contrariando o que defendemos neste blogue, São Pedro de Rates foi declarado "padroeiro secundário da Arquidiocese Braga".
Para mais informação sobre o tema, veja-se aqui:
Quem conta um conto…
A lenda em geral
parece ser um produto de sucessivas gerações, de sucessivas reflexões populares
sobre este ou aquele fenómeno: quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.
Não longe de
Rates há ao menos três celebradas lendas: a da Abadessa Berengária (de Santa Clara
de Vila do Conde), a do Galo de Barcelos e a do Monge e o Passarinho (do
Mosteiro de Vilar de Frades). Em todas elas a imaginação não teve peias a criar
milagres: a Abadessa Berengária chamou por momentos à vida as abadessas que a
precederam, na lenda do Galo de Barcelos há um frango cozinhado que canta para
atestar a inocência dum condenado, na do Monge e do Passarinho o monge que
meditava sobre a frase bíblica que diz que mil anos diante de Deus são como um
dia vem a saber que o que lhe pareceu alguma dezena de minutos em que ouviu a
ave correspondeu ao decurso de 300 anos.
Fumo sem fogo?
Mas fica por
explicar como entra Rates nesta história. Porquê Rates?
Uma lenda
costuma estar ancorada a qualquer facto, qualquer realidade.
Parece-nos que
aqui há dois factos: Rates como passagem do caminho de Santiago e uma
antiquíssima e tosca estátua dum bispo.
Imagem de S. Pedro de Rates que se venera na igreja românica do seu nome.
Um lugar na história
Há um notável
legado histórico, que nós conhecemos mal mas que ficou do despromovido S. Pedro
de Rates e que deve ser estudado e
divulgado. É um pouco como a Batalha de Ourique, não se travou, mas o escudo
nacional recorda-a nas quinas[1].
Entre as imagens que adornam a parte superior exterior do pórtico da Sé de Braga figura uma de S. Pedro de Rates: a segunda a contar da esquerda, ao lado de São Pedro Apóstolo.
O que sobre ele
escreveu o P.e Avelino de Jesus Costa n'O Bispo D. Pedro, vol. I, páginas 509 a 511, convenceu-nos inteiramente do carácter
lendário da sua biografia. Para partilhar com os leitores um pouco do que sobre
este santo estudámos, colocamos aqui três trechos.
Patranha delirante
O P.e Carvalho
da Costa, pelo ano de 1700, resumiu assim, na sua Corografia Portuguesa (tomo primeiro, páginas 177-178) a absurda, delirante patranha da “biografia”
de S. Pedro de Rates[2]:
Nesta ilustre
cidade primaz de toda a Espanha (refere-se
Braga), pregou a Lei Evangélica o apóstolo Santiago, irmão do evangelista
S. João, e deixou por primeiro arcebispo dela a S. Pedro de Rates, que o
ressuscitou mais de quinhentos anos depois de morto, com admiração de todos os
que tiveram notícia desta prodigiosa ressurreição, e o baptizou, pondo-lhe o
nome de Pedro no baptismo em memória do Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro.
Foi hebreu de
nação, natural da Palestina, de uma das tribos sacerdotal ou real vencidas e
levadas cativas à cidade de Babilónia por Nabucodonosor, como se colhe dos
fragmentos de Santo Atanásio[3]. Seu pai se
chamou Urias e parece aquele a quem El-Rei Joaquim mandou tirar a vida por lhe
pregar o que ele não queria ouvir e o refere em sua profecia Jeremias seu
contemporâneo, cap. 26.
Teve S. Pedro de
Rates o mesmo dom de profecia que seu pai; saiu desterrado, com os mais cativos
de Babilónia pelos anos da criação do mundo 4743, conforma a conta dos Setenta,
e 587 antes da vida de Cristo.
Do nome que
então tinha não sabemos, só nos consta que os do seu tempo e os que depois se
seguiram lhe chamavam Samuel o mais Moço ou Malaquias o mais Velho, pela
semelhança que tinha na santidade com os profetas Samuel e Malaquias, de quem
há grande memória na Sagrada Escritura.
Era na formosura
do rosto e composição dos membros qual verdadeiramente pedia o nome de
Malaquias, que conforme os melhores intérpretes significa Anjo do Senhor.
Busto de S. Pedro de Rates do museu da Matriz de Vila do Conde.
Como quer que
fosse, Santiago o ressuscitou e baptizou, ordenando-o logo de sacerdote, e o
fez primeiro arcebispo de Braga e pregador daquela cidade, onde, depois de
converter muito gentios à fé de Cristo e sarar de lepra a uma filha do senhor
daquela terra, baptizando-a com sua mãe, e persuadindo-a a guardar castidade,
foi morto por mandado do dito senhor e sacrificado diante do altar da Igreja de Rates, onde esteve seu santo corpo desde o ano do Senhor de 44, em que padeceu,
até o de 1552, em que foi trasladado pelo arcebispo D. Frei Baltazar Limpo para
a sé desta cidade aos 17 de Outubro, dando-lhe capela particular à mão direita
da capela-mor.
O livro espanhol España Sagrada dá relevo a S. Pedro de Rates.
Túmulo de São Pedro de Rates na Sé de Braga.
A denúncia dum historiador
Mons. José Augusto Ferreira, que paroquiou Vila do Conde nas décadas iniciais do século
passado, escreveu assim sobre São Pedro de Rates no seu livro Memórias para a História dum Cisma, a páginas 27 a 32:
A Igreja de Braga, no Norte, considera S. Pedro de Rates como seu primeiro
bispo e fá-lo discípulo de S. Tiago, e a Igreja de Évora, no Sul, tem como seu
primeiro apostolo e bispo S. Manços ou Mâncio, cuja existência alguns referiram
aos tempos apostólicos.
As biografias de S. Pedro de Rates e de S. Mâncio, insertas nos breviários
privativos das duas dioceses, são absolutamente rejeitadas pelos críticos
modernos.
S. Mâncio nunca foi bispo de Évora nem de parte nenhuma, nem o Martirológio
romano lhe dá essa categoria.
De facto o Martirológio a 15 de Maio traz apenas esta lacónica indicação: Eborae in Lusitania sancti Mancii martyris[4], e a opinião comum é a de que S. Mâncio foi martirizado no século V no
domínio dos Visigodos[5].
Quanto a S. Pedro de Rates, o Martirológio diz realmente a 26 de Abril que
este santo fora o primeiro bispo de Braga: Bracari
in Lusitania sancti Petri martyris, primi ejusdem civitatis episcopi.
Mas em que época viveu S. Pedro de Rates? Donde era natural? Não se sabe;
pois a biografia deste santo não indica a terra da sua naturalidade nem as
datas do seu nascimento e morte.
Quando começou S. Pedro de Rates a ter culto na diocese de Braga?
Foi no século XVI que o grandioso arcebispo D. Diogo de Sousa, segundo
restaurador de Braga, ordenou que no Breviário bracarense, impresso em 1508, se
introduzisse pela primeira vez S. Pedro de Rates, com lições próprias, que o
fazem discípulo de S. Tiago Maior, primeiro bispo de Braga e martirizado no
lugar que lhe deu o nome; e o mesmo sustentou na segunda edição de 1511 e na
terceira de 1512.
Disse pela primeira vez, porque a primeira impressão do Breviário
bracarense foi feita no governo do arcebispo D. Jorge da Costa II em 1494 e ali
não se encontra S. Pedro de Rates[6].
Mais: na Sé de Braga guardava-se no túmulo[7], em que se reserva a S. Eucaristia na sexta-feira santa, um breviário pequeno manuscrito em
pergaminho do meado do século XV, o qual também não menciona S. Pedro de Rates.
Também a portuguesa Monarquia Lusitana não esquece S. Pedro de Rates.
Finalmente João Pedro Ribeiro, nas suas Observações
de Diplomática Portuguesa, a pág. 23, diz que, visitando o mosteiro de
Travanca, em Amarante, encontrou no cartório um breviário bracarense,
manuscrito em letra do século XV, e nele notou que estando ali insertos S.
Martinho de Dume, S. Vicente, S. Túrbio, S. Frutuoso, S. Geraldo, S. Tiago
Interciso e S. Manços, não estava S. Pedro de Rates!
Como explicar, pois, esta ignorância de catorze séculos, isto é, que
durante mais de mil anos, não se soubesse em Braga da existência histórica de
S. Pedro do Rates, seu primeiro bispo, discípulo dos Apóstolos, e martirizado
dentro da própria diocese, e não muito longe da sua sede? Como conciliar esta
ignorância com a existência do monumento mandado levantar a S. Pedro de Rates
pelo Conde D. Henrique e D. Tereza, no ano de 1100, na freguesia do mesmo nome,
concelho da Povoa de Varzim, diocese de Braga?
Ora sendo este monumental templo dedicado a S. Pedro de Rates, debaixo desta invocação entenderiam os antigos
S. Pedro, primeiro bispo de Braga, ou aliás outro do mesmo nome, provavelmente
S. Pedro Apostolo?
Além da rua com o seu nome que aqui se assinala, em Vila Nova de Cerveira há mesmo uma capela dedicada a S. Pedro de Rates.
Mais: o cronista beneditino Frei Leão de S. Tomás cita, por conta do seu
colega Frei João do Apocalipse, um capítulo da visitação do ano 1113 deixado
pelo visitador do Ordinário Gonçalo Anes, em que ordenava a Jorge da Póvoa,
cura do mosteiro de Rates, que enterrasse uma ucha ou cofre de relíquias falsas
com que neste mosteiro se explorava a piedade dos fiéis, pertencendo uma
daquelas relíquias a S. Pedro; mas se em Rates estavam as relíquias autênticas
deste santo, cuja trasladação o cronista augustiniano afirma se fizera no
século XII, por que motivo não tinham os frades uma dessas relíquias na ucha,
que por ser um embuste o visitador mandou enterrar?
Como se vê, não há comentário possível.
Quanto à segunda trasladação das relíquias de S. Pedro de Rates, não há
dúvida de que em 17 de Outubro de 1552 o arcebispo de Braga D. Frei Baltazar
Limpo as fizera transferir com toda a solenidade da Igreja de Rates para a Sé
Primaz[11], e aqui lhes deu lugar num sepulcro de pedra colocado na capella absidal
de S. Pedro Apóstolo, onde se encontram à veneração dos fiéis com esta singela
inscrição no invólucro de madeira — Beati
Petri de Ratis Corpus; mas essas relíquias seriam autênticas? De que meios
de verificação dispunha o arcebispo para o saber?
Francamente, depois do exame, embora ligeiro, das tradições da Igreja de
Braga sobre S. Pedro de Rates, não repugna acreditar a afirmação feita pelo erudito
Padre António Pereira de Figueiredo, num interessante estudo elaborado a pedido
do arcebispo de Braga D. Gaspar de Bragança no ano de 1771[12], de que a base, em que se fundou D. Baltazar para aquela trasladação, não
passava dum embuste do poeta Henrique Caiado, natural de Lisboa e falecido em
Benfica no ano de 1508.
A fabulosa ressurreição de S. Pedro de Rates, a que se alude nos magníficos
azulejos da sua capela na Sé Primaz, pintados pelo eminente azulejista António
de O1iveira Bernardes, e descrita na reforma do Breviário bracarense feita por
D. Rodrigo de Moura Telles, essa foi há muitos anos posta de parte, porquanto
as lições do ofício deste santo são recitadas pelo Códice Moderno, ordenado pelo cardeal-arcebispo D. Pedro Paulo no
ano de 1853, precisamente as mesmas do Breviário de D. Diogo de Sousa.
Na verdade esta ressurreição não passava dum delírio do Padre Higuera!
Rematando direi que, supondo-se fabulosa a pregação de S. Tiago na
Península, a biografia de S. Pedro de Rates, que o faz discípulo daquele
apostolo e por ele ordenado bispo de Braga, é nesta parte inaceitável; porém se
os defensores da missão apostólica de S. Tiago na Espanha pretendem fundamentar
a sua tese na tradição da Igreja de Braga, aí a deixo examinada com toda a
sinceridade, e desse exame resulta patente que tal tradição, além de ser nova
na sua substância, pois apenas data do século XVI, é ainda muito discutível nas
suas circunstâncias principais e portanto sem os requisitos necessários para a
validade e legitimidade do seu testemunho.
Pode ler em linha o livro de Manuel Monteiro S. Pedro de Rates em cuja página 41 e seguintes também se denuncia a lenda do santo da Vila de Rates.
Limoges chegou a considerar-se terra natal do primeiro bispo de Braga
Veja-se ainda
esta página de um site
bracarense:
A tradição que atribuía a S. Tiago a ressuscitação em Braga de S. Pedro de
Rates repercutiu-se de tal modo na Europa ocidental que a cidade francesa de
Limoges considerou-se, mais tarde, terra natal desse lendário bispo bracarense.
O sobrenome Rates deste prelado teve origem no sítio onde foi martirizado no
ano de 47 por ordem de um régulo romano de Braga. Porém, um bispo francês de
época recuada, citado pelo Arcebispo de Braga D. Rodrigo da Cunha em 1635,
apresenta a versão fantasiosa de que S. Pedro de Rates fora buscar o sobrenome
a Limoges, que o terá venerado com os nomes de S. Pedro Ratense ou
Ratistense.
Embora pretendam entroncar a lenda de Compostela com a que remonta ao ano
de 47 em Padrão, que indica ter sido para aqui levado o corpo de S. Tiago,
ainda assim é S. Pedro de Rates, como bispo de Braga e primaz das Espanhas, que
aparece em Padrão a presidir às cerimónias de consagração da sepultura do
apóstolo, segundo reza outra antiga tradição.
À luz do testemunho de Atanásio, atribui-se a S. Pedro de Rates o milagre
de ter curado da lepra a filha e a mulher de um régulo romano de Braga. As duas
mulheres converteram-se, mas o régulo, enfurecido com a conversão, mandou-o
perseguir. Segundo a lenda, os soldados às ordens do régulo mataram esse “1.º
Bispo” de Braga e das Espanhas em Rates, perto da Póvoa de Varzim, e cobriram o
corpo de pedras e assim permaneceu até ter sido encontrado por um eremita, S.
Félix.
Outros autores
Dos muitos
autores que escreveram sobre São Pedro de Rates, conhecemos apenas os já
citados mais o que se encontra na España
Sagrada e na Monarquia Lusitana. Os
autores destes monumentais livros aceitam a historicidade do santo, mas não recolhem
as enormidades mais gritantes, a de ele ter sido ressuscitado por Santiago vários
séculos após a morte, por exemplo.
Capela de São Pedro de Rates em Vila Nova de Cerveira
Em 27 de Agosto de
2013, visitámos Vila Nova de Cerveira, que vivamente nos impressionou, e naturalmente
não deixámos de visitar a Capela de São Pedro de Rates.
No posto de turismo,
onde perguntámos por ela, a funcionária, aliás diligente, não a soube
localizar, enviando-nos para a vizinha capela de São Roque. Aí, porém, um
senhor já de certa idade não só no-la localizou como nos indicou até a casa da proprietária.
Esta, por nós abordada, prontificou-se a mostrar-nos a capela e inclusive nos
levou no seu carro até lá.
Tanto quanto
sabemos, esta capela particular de São Pedro de Rates é única no mundo e é uma
reedificação de raiz feita em 1946. A construção é boa e o pequeno templo está bem
mobilado, mas sem luxos.
A fachada principal
é coberta a azulejo. Mas dizer isto é dizer pouco. Se os azulejos não nos
mostram quadros da vida do santo, por exemplo, são variados nos seus desenhos e
formam uma cuidada composição artística, de base geométrica, em tons de azul (predominante)
e amarelo.
Sobre a porta principal,
vê-se a data de 1946 e a seguir o brasão da família benfeitora; ao alto, no
frontão, alguns elementos enviam para a dignidade do santo: mitra e báculo, que
lembram que foi bispo, e, ao que nos pareceu, uma cruz processional.
A capela possui um amplo
adro onde crescem várias oliveiras.
Imagens da Capela de São Pedro de Rates:
Em cima, a capela e o seu exterior;
Ao meio, retábulo do altar-mor com a imagem do santo;
Ao fundo, pormenor da fachada com a data da reconstrução e o brasão da família benfeitora.
[1]
Não se sabe bem qual o Ourique onde localizar a lendária batalha, mas ninguém
hesita em dizer que S. Pedro de Rates é de Rates... Esta vila devia assumi-lo
como património seu e pôr em evidência o reconhecido lugar que ele teve no
campo cultural.
[2] Em O Bispo D. Pedro, o P.e Avelino de Jesus
Costa escreve: “O venerável D. Frei Caetano Brandão nomeou uma Comissão para a 'reforma do Breviário e Missal bracarense, visto achar-se intolerável o antigo,
por causa das patranhas e falsidades de
que está cheio'” (Vol. II, pág. 511).
[3] O mesmo
jeito fantasioso levou a atribuir a fundação de Lisboa ao homérico Ulisses, a
de Setúbal ao bíblico Túbal…
[4]
Nos Breviários antigos de Évora de 1528 e 1548, e no novo de 1702, está a 21 de
maio, como se vê dos exemplares daquelas duas edições existentes na Biblioteca
Nacional de Lisboa, e da cit. España
Sagrada,
XIV, págs. 386 e segs.
[5]
Floro, no Martirológio, que compôs no
tempo de Carlos Magno, e as Actas antigas de S. Mâncio dizem que fora criado de
uns judeus de Évora: o da profissão de fé, causa do seu martírio, deduz-se
claramente que não morrera antes do século v. Cf. España Sagrada. XIV, págs. 122 e segs., e 386 e segs.
[6]
Deste Breviário existe um raríssimo exemplar na Biblioteca Nacional de Lisboa.
[7]
Este Breviário existe hoje na Biblioteca Publica de Braga, onde também está o
Breviário bracarense, manuscrito mais antigo, que é do século xv e pertenceu ao
Cónego Álvaro Fernandes Soeiro.
[8] Crónica dos Cónegos Regr. de Santo Agostinho,
Liv. VI, cap. XIII, pág. 331 e segs.
[9] Cf. Vol.
LXXVI da colecção Ciência e Religião.
[10]
Em Cluny seguia-se a regra de S. Bento.
[11]
Breviário bracarense a 17 de Outubro,
e Cunha, Hist. Ecl. de Braga, cap.
LXXXII, págs., 359 e 360.
[12] Sena
Freitas, Memórias de Braga, I, pág.
393 e segs.